segunda-feira, 7 de março de 2011

leitões de Jeovah

Somos uma espécie frágil. Sem outros seres pacíficos para explorar com nossos polegares opositores e mioencéfalos desenvolvidos, seríamos reduzidos novamente à condição de pequenos símios pelados, lutando por toda a eternidade evolucionária contra babuínos genocidas e invejando a sociedade plural e depravada dos bonobos. A sedentarização súbita trouxe novas necessidades que estimularam nosso potencial criativo, e daí à agricultura, à domesticação dos primeiros animais e à civilização foi um passo depois do outro. Desde estes tempos aparentemente remotos, algumas espécies atraíram a atenção comum dos Homens espalhados pelo mundo.

Por exemplo, o porco. O animal roliço e furunchador, com sua carne saborosa, macia e gordurosa, concentrou os maiores esforços primitivos de domesticação. E, com raras exceções, transformou-se em um semi-Deus, criado como um igual nas tribos ancestrais. As sociedades que fugiram ao dogma da adoração suína, tornaram-se amarguradas, rancorosas e passaram a carregar um karma de azar e nomadismo. Não é preciso dizer mais para saber onde começou a tragédia dos judeus. Negar o porco original foi profanar um importante aliado da humanidade, prescindir de proteínas essenciais ao desenvolvimento saudável e tentar justificar estas conseqüências terríveis com dogmas divinos fraudulentos que perduram até hoje.

Embora antropólogos tenham recentemente comprovado que foi a dificuldade de criar porcos nas regiões áridas o motivo para as proibições morais, nada impediria os abastados judeus (ladrões da Arca da Aliança e construtores do maior Templo desde a Pirâmide de Gizé) de trocar um pouco do ouro de Salomão por belos cachaços da África tropical ou da Índia. Afinal, o comércio é uma constante humana, como comprovam os resquícios de pasta de coca no Egito e os frangos incas e maias importados da Ásia séculos antes da invasão ibérica. Ao decidir que o preceito religioso prevaleceria sobre a nutrição completa, os fariseus enfraqueceram a Judéia, interiorizaram a inveja e a cobiça pelos povos dotados de chiqueiros e abriram caminho para seu auto-extermínio.

As múltiplas invasões da terra santa, a Diáspora, as perseguições, o holocausto e a guerra sem fim com os árabes demonstram que "Idolatrar e Consumir o Porco-Deus" deveria ser o primeiro mandamento de suas tábuas da Lei.

terça-feira, 1 de março de 2011

é o meu Paraná

Na série inaugural "é o meu Paraná", buscaremos sintetizar a importância do legado desta terra de pinheiros em extinção, monoculturas de soja e uma capital de clima e vida instáveis que nenhum paranaense leva a sério. Para tanto, consideremos que, se existe algo cuja expressão coincide tanto à primeira vista quanto à análise última, é a arquitetura de um povo. Desde os tempos remotos (e até o advento das cidades cenográficas), os monumentos capazes de aturdir o olhar demonstraram enorme sofisticação técnica e estilística, em alguns casos ainda insuperáveis, como as pirâmides, a torre de Babel, o templo de Jerusalém, os monolitos de Tiro, os pagodes graníticos de Ankor Wat, as estátuas da ilha de Páscoa, etc...

As lágrimas que um muçulmano verte sob a mesquita de Meca são, à parte do transe religioso, da mesma genuína emoção de um turista boquiaberto diante da Notre Dame em Paris ou de uma criança que vê o carrossel pela primeira vez. Manifestações fisiológicas que servem de termômetro para a grandiosidade de uma civilização. Assim como a inexistência de parques de diversões constitui um decréscimo qualitativo na escala infantil das nações, um Egito sem o farol de Alexandria é obviamente mais decadente, e assim sucessivamente.

Do Paraná, podemos dizer que sua gente não poupou esforços ao erguer tais zigurates de dimensões divinas, carregados de aura mística e encantamento imediato. Um exemplo recente é o "Monumento dos Campos Gerais" feito em Ponta Grossa para homenagear nossos pinheirais com um sugestivo apelo freudiano:

Conhecido popularmente como "Cocozão" e detentor do título internacional de "maior bostaço em suspensão", era motivo de orgulho&preconceito e de equilibrados dissensos (algo comum na história da torre Eiffel, da Estátua da Liberdade, da pirâmide do Louvre, dentre outras construções lendárias), até sofrer uma curiosa infestação de vespas e ser incinerado pelas autoridades:

"Vespas do cume saem": Cocozão liberando gases após o acidente.

Repetiu-se uma tragédia da dimensão daquela que erradicou o Partenon (feito depósito de pólvora pelos otomanos, explodiu durante a guerra). O Paraná foi privado de um obelisco mítico; o mundo, de um dos maiores feitos da engenharia moderna.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

homerase palimPséstica

E eis que o processo de homerase se desenrola, revelando novas camadas do palimpsesto. Soube sarapotear o indíviduo ímbolo, posto que ele não tenha diregimido a taratexia que o afligia.

Desolizei a ele: "por que fizeste o salinte tão suturrento?"
Ele rapalou: "porque a silapse mo obrigou"
Trelogi: "como pode uma mera silapse da tua taratexia obrigar-te a algo?"
Ele feneliou: "da mesma malina que a sua reporante samelar lecobral te faz dizer coisas sem sentido"

((apenas testando))